sábado, 12 de novembro de 2011

almoço calado
inseto parado
colchão alado
sonho dobrado
maldito amado

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

não sei se sobrevivo até amanhã
se eu morrer, por favor, leia a carta
e enterre minha caixinha de lembranças junto
e não me enterre em um caixão
e plante um baobá em cima de minha cova
e doe todos os meus órgãos
e contem tudo sobre mim
tudo para todos, para que não restem dúvidas de  nada
por favor contem tudo
inclusive os podres
porque os podres do passado nada serão quando comparados à podridão do meu corpo
e do meu coração falido